a colheita da hora
à beira dos degraus
equilíbrio nomes,
aromas, datas vestidas
marcas leves
estruturas cimentadas.
o café da manhã
foi imagem distorcida,
emoção suspensa,
ideias místicas.
encostado à parede
és gesto de silêncio,
na sombra de tantos invernos
rosto frio de um janeiro denso
cruzado no mar de todas as horas
onde desprendo o olhar.
importante é beber e respirar
até ao fim da confluência da mistura dos azuis
entre tantos céus onde as nuvens partem sons
e engolem o pó que escrevo
na distância do limite do tempo
caí à terra a semente e no tempo
o fruto será colheita…
helena maltez
Sem comentários:
Enviar um comentário